quinta-feira, 31 de julho de 2008

Roda de Capoeira Vôo da Iúna, contramestre Neto (José Netto de Castro) e formado Zorro (Manoel Oliveira de Almeida), em Saquarema/RJ, Brasil.

Roda de Capoeira da Associação de Capoeira Vôo da Iúna, organizada pelos capoeiristas contramestre Neto (José Netto de Castro) e formado Zorro (Manoel Oliveira de Almeida), em Saquarema/RJ, Brasil. Retratos no Link: http://picasaweb.google.com/joelpmarques1/FFCSaquaremaRJ

Aconteceu em Saquarema, na Rua Albertino Vasconcelos, 12, no Clube Boqueirão, no dia 27 de julho de 2008, num claro domingo de sol, em pleno inverno tropical brasileiro.

Mestres, contramestres e outros docentes de capoeira, capitaneados pela Federação Fluminense de Capoeira, presidida pelo mestre Zezeu (Elizeu dos Santos Felipe), lá estiveram a prestigiar a festa, com a legítima sanção social aprobatória.


Ao respeitável e simpático público, composto de mamães, papais, familiares dos graduandos e outros admiradores da capoeira, colocamo-nos ao inteiro dispor para dirimir as dúvidas e responder às críticas, elogios e sugestões. Escrevam para este blog (no rodapé).

Homenagem especial ao mestre Travassos (Victor Widavisky Travassos), que emocionado a recebeu e discursou belamente em prol da capoeira, da sua difusão e merecimento do melhor que a sociedade pode retribuir pelos benefícios que ela oferece. Mestre Travassos é um ícone referencial da exemplar qualidade capoeirística para as gerações mais novas.












Evidente também o mestre Chita (Itamar da Conceição Magalhães), baluarte e incansável defensor da nossa arte-luta, sempre alegre a mostrar excelência e esbeltez no jogo e no trato com os capoeiristas e com o público presente.






Mestre Machado (José Machado dos Santos), em sua incomparável performance física, técnica, tática e de escorreita semântica vernácula que lhe é peculiar na retórica e no eloqüente discurso, mostrou-se um digno advogado da cultura popular brasileira, em especial da capoeira, pela qual galhardamente defendeu a causa de que esta nossa arte precisa por demais de eventos como este, da Associação de Capoeira Vôo da Iúna, encabeçada pelo contramestre Neto (José Netto de Castro) e por seu imediato, formado Zorro (Manoel Oliveira de Almeida).








Das palavras de Mestre Machado depreendemos e esperançamo-nos que é certo o fato de a nossa capoeira ostentar muito em breve o brilho de estrela de primeira grandeza da cultura popular e acadêmica brasileira e mundial.


Mestre Zezeu (Elizeu dos Santos Felipe), presidente da Federação Fluminense de Capoeira, muito bem mostrou a sua capacidade de liderança e de articulador político, sábio e prudente, ao convidar representantes de diversos segmentos capoeirísticos para juntos e em harmonia congraçarem pela nossa arte afro-brasileira naquele maravilhoso evento na cidade praiana de Saquarema/RJ.








Presentes também mestre Pedrinho, mestre Jacaré, mestre Rezuski e outros não citados, aos quais pedimos responderem no rodapé deste blog para que os incluamos merecidamente nesta matéria, pois, no afã da batalha da cobertura informativa, nem sempre podemos a tudo coligir para uma perfeita divulgação. Pedimos, por isto, desculpas àqueles que não estão aqui mencionados, mas que se façam inclusos, escrevendo para este blog, para o devido acerto.


A festa foi perfeita e sem nenhum entrave depreciativo. A logística do evento muito bem planejada, onde ninguém ficou com sede ou sem saber onde ficava o banheiro. Refeições ligeiras e refrigerantes foram distribuídos aos participantes e depois um almoço aos convidados ilustres. Quanto a chegar ao local, pareceu-nos fácil, em face do grande número de pessoas que lá estavam. Nota 10 (dez) aos organizadores Neto e Zorro.


Graduações & alunos recipiendários:


Cinza:

Lindinha;

Walace.


Verde e cinza:

Leonardo;

Mascote.


Verde:

Abril;

Angel;

Paraíba.


Amarelo e cinza:

Rabugenta.


Amarelo:

Chotocan;

Nanica;

Neguinho;

Pica-Pau.


Azul:

Azevedo;

Bailarina;

Bandeirinha;

Bonitinha;

Domenico;

Ferrugem;

Ligerinho;

Morena;

Negão;

Vulcão.


Verde e amarelo:

Bagunça;

Faguinho;

Zé Orelha.


Verde, amarelo e azul:

Zorro.

Formado Zorro (Manoel Oliveira de Almeida), um dos dois organizadores, foi graduado e recipiendário da corda de graduação naquela cerimônia.


Agradecemos e parabenizamos a Associação de Capoeira Vôo da Iúna, de Saquarema/RJ - Brasil, pela magnífica festa de Graduação – batizado e entrega de cordas – onde cada criança, adolescente e adulto daquele grupo sabe dignamente atuar com disciplina, lhaneza, solicitude, civilidade, hospitalidade e respeito aos visitantes.

Parabéns contramestre Neto e formado Zorro!!!

Federação Fluminense de Capoeira

Elizeu dos Santos Felipe – presidente.

Joel Pires Marques – diretor de divulgação.

terça-feira, 22 de julho de 2008

UBC Capoeira realiza o VII Encontro Nacional de Capoeira em Belford Roxo/RJ, Brasil.

C O N V I T E

7° ENCONTRO NACIONAL DE CAPOEIRA EM BELFORD ROXO/RJ, BRASIL.


Data: 19, 20 e 21 de Setembro de 2008.

Local: Ciep 316 - General Ladário Pereira Telles.

Rua: Mauá s/n São Bernado - Belford Roxo/RJ, Brasil.

Referencia: 39° Batalhão da Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

Gostaria de contar com a presença e participação de todos.

Telefones de contato: 55 ( 21 ) 86460120 / 93988795.

msn: chacalubc@hotmail.com.

Maior Evento Cultural da Baixada Fluminense.

Premiado com o Selo de Qualidade Cultural do Estado do Rio de Janeiro.

Presença dos Melhores Capoeristas do Brasil e do Exterior.

Formatura de Mestrando do Professor Chacal do Brasil e do Professor Tiroteio da Alemanha.

Participação Confirmada de 10 Estados e de 4 países.
Vai ter Alojamento.
VII Encontro Nacional de Capoeira em Belford Roxo/RJ, Brasil.

Fonte: Anderson Claudio da Silva Vaz - chacalubc@hotmail.com

Mestre Farmácia e Professor Chacal convidam os capoeiristas de todo mundo a virem participar do VII Encontro Nacional de Capoeira em Belford Roxo/RJ, Brasil, a ser realizado de 19 a 21 de setembro de 2008, no seguinte cronograma:

19 de setembro de 2008, sexta-feira, 18:00 h – Aulão, Shows de Capoeira e Maculelê, na Vila Olímpica de Belford Roxo/RJ, Brasil.

20 de setembro de 2008, sábado.
09:00 h – Cursos, Palestras e Rodas;
12:00 h – Almoço;
14:00 h – Cursos , Palestras e Rodas;
20:00 h – Roda de Confraternização;
Local: CIEP 316 – General Ladário Pereira Telles.

21 de setembro de 2008, domingo.
10:00 h – Batizado, Troca de Cordas e Formatura de Mestrandos, Shows de Maculelê, Puxada de Rede e Jongo;
Local: CIEP 316 – General Ladário Pereira Telles – Rua Mauá S/N – São Bernardo – Belford Roxo/RJ, Brasil.

Coordenação Mestre Farmácia & Professor Chacal.

domingo, 20 de julho de 2008

Formalize o seu grupo de capoeira, entre em contato com a Federação Fluminense de Capoeira.

A Federação Fluminense de Capoeira oferece ajuda aos grupos informais para chegarem à necessária formalidade jurídico-social indispensável à plena cidadania de seus constituintes e de poderem, através de seus atos legais, soerguerem a capoeira ao patamar de primazia nacional e mundial que ela merece, com este principal requisito previsto em lei para que seus atos jurídico sejam válidos, oponíveis contra terceiros, e sirvam de prova.
Formalize o seu grupo de capoeira, entre em contato com a Federação Fluminense de Capoeira.

Mestre Zezeu

Tel.: 55 (21) 86122324

sábado, 19 de julho de 2008

Associação Capoeira Vôo da Iúna - 1º BATIZADO E ENTREGA DE CORDAS em Saquarema/RJ, Brasil.


From: Elizeu dos Santos Felipe mestrezezeu@yahoo.com.br

A Associação Capoeira Vôo da Iúna, tem o imenso prazer de convidá-los para participarem do 1º BATIZADO E ENTREGA DE CORDAS em Saquarema/RJ, Brasil, a realizar-se no dia 27 de julho de 2008, às 10:00h, no Boqueirão Futebol Clube (próximo ao Colégio Castelo Branco). Com homenagem ao Mestre Travassos.

Organização: Contra Mestre Neto e Formado Zorro.

Contatos: 55 (21) 3639-5009 & (21) 2651-3445

Contamos com sua presença!

Um abraço, Mestre Zezeu.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Capoeira - Patrimônio imaterial: a mão que apedrejou é a mesma que afaga.

Capoeira, patrimônio imaterial: a mão que apedrejou é a mesma que afaga
Mestre Gilvan (*)

Fonte: Mestre Gilvan - ladainha.capoeira@gmail.com

Durante o Estado Novo, Getúlio Vargas retirou a capoeira, o candomblé e outras manifestações de matriz africana do rol de infrações penais. Foi um avanço. Depois de conviver com um estado repressor, a capoeira passou a ter a tolerância do estado. Mas continuou nos guetos. Políticas públicas de fomento a capoeira demoraram décadas para se concretizar. Sem mergulhar em proselitismo político, foi no governo Lula que se esboçaram as primeiras ações.

Por isso, a cerimônia do Registro da Capoeira como Patrimônio Imaterial, que ocorreu essa semana, em Salvador, é um divisor de águas. Durante a reunião dos conselheiros do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que deliberou sobre o tema, rodas de capoeira festejaram a conquista em frente ao Palácio Rio Branco. Antes tarde do que nunca. E olha que cá nos trópicos, as coisas quase sempre chegaram com atraso. Mestre João Grande foi condecorado com o título de Doutor Honoris Causa nos EUA, antes de receber a mesma homenagem na Universidade Federal da Bahia.

Ao oficializar a inscrição do ofício de mestre de capoeira e da roda de capoeira como bens culturais de natureza imaterial, a reunião do Iphan inaugurou um novo paradigma para a capoeira brasileira. Outras medidas importantes foram adotadas, como o estabelecimento de um programa de incentivo desta manifestação no mundo; a criação de um banco de histórias de mestres de capoeira; a criação de um centro nacional de referência da capoeira; o plano de manejo da biriba - madeira utilizada na fabricação do berimbau - e outros recursos naturais; e a desvinculação obrigatória do Conselho Federal de Educação Física, para que mestres de capoeira sem escolaridade, mas detentores do saber, possam ensinar em colégios, escolas e universidades.

A transformação da nossa arte-luta em patrimônio imaterial é um reparo histórico, mas que por si só não corrige décadas de preconceito e repressão sofridas pelos capoeiristas. Talvez sejam necessários mais 90, 100, anos para o estado brasileiro pagar a sua dívida social com essa que é uma das maiores expressões da nossa cultura.

Numa conversa recente com o repórter de um jornal português, disse-lhe que a evasão de mestres de capoeira para o exterior é fruto da falta de incentivos que a nossa nação oferece aos nossos "embaixadores culturais". Ou seja, muitos capoeiristas buscam dignidade profissional no além-mar, porque aqui não são prestigiados. Não somos contra a internacionalização da capoeira, mas é preciso ações concretas, traduzidas em políticas públicas permanentes, articuladas nos âmbitos municipal, estadual e federal, garantam que os capoeiristas encontrem mercado de trabalho em nosso próprio país e não seja obrigados, para sobreviver, a vender a sua força de trabalho ao peso de dólares, euros e ienes.

Com a iniciativa do Iphan, muitos velhos mestres terão o merecido direito a aposentadoria, o que é já é um bom começo. Mas muita água ainda tem que passar por baixa dessa ponte. A mão que apedrejou durante o império, que afagou durante no Estado Novo, agora precisa construir um novo tempo na relação estado-capoeira, traduzido em programas e projetos que garantam que a prática da capoeira seja uma política nacional, com metas, orçamento e planejamento.

A capoeira já fez muito pelo Brasil. Sedimentou uma prática de inspiração libertária, difundiu a cultura nacional nos cinco continentes, estimulou o turismo. Agora, chegou a vez do Brasil fazer mais pela capoeira e pelos capoeiristas. Ouvi do Mestre Curió, durante um pronunciamento num fórum de capoeira, que os mestres não precisam apenas de homenagem. "Eu já cansei de fazer ajuda humanitária para muitos camaradas, mas eu não quero morrer à míngua como eles", desabafou Curió. Esse parece ser um sentimento que emana, passada a euforia inicial pelo "tombamento" da capoeira.

Mestre Gilvan BSB. DF
(*) O autor é presidente da Associação Brasileira de Capoterapia
Articulador do movimento pró Fórum nacional de políticas publicas da Capoeira

quinta-feira, 17 de julho de 2008

120 Anos de Abolição


Racismo: se você não fala, quem vai falar?

Após 120 anos de Abolição, existe ou não racismo em nosso país? A pergunta é para você. Queremos ouvir você. Registre a sua opinião ou experiência sobre esse assunto. Serão escolhidas as 120 melhores cartas para uma publicação da Secretaria de Estado da Cultura.

Maneiras de enviar sua carta:

1- Acesse formulário no link abaixo (site do ig) e escreva a sua carta, ou
2- Escreva a sua carta para o e-mail centoevinte@ig.com.br, ou
3- Envie um texto com no máximo 30 linhas para a CAIXA POSTAL 13888 - CEP 01216-970 - São Paulo – SP, ou
4- Procure uma das urnas da campanha, preencha o papel-carta disponibilizado, e deposite-a na mesma

Regras:

1- A carta, devidamente identificada, é de responsabilidade do seu autor
2- Se preferir, a carta pode ser identificada por pseudônimo, mas deve conter os dados pessoais do autor
3- Ao enviá-la, o autor concede o direito de publicação à Secretaria de Estado da Cultura (SP)

Pode ser que a campanha já tenha terminado, mas vale a pena ler algumas cartas/depoimentos, como o que publicamos abaixo, e, se quiser, você poderá comentá-los aqui.

Abolição e os direitos humanos
Por Paulo Vannuchi

Celebramos este ano a coincidência de muitos aniversários redondos. Entre eles, os 120 anos da Lei Áurea e os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, da ONU, que proclama em seu artigo primeiro: “livres e iguais em dignidade e direitos nascem todos os homens.
Da luta abolicionista ainda ressoam em nossos ouvidos os versos de Castro Alves, em “Vozes da África”, interpelando diretamente a Deus pelo saque escravista. Joaquim Nabuco é o nome mais reverenciado entre os expoentes da elite nacional que tiveram a lucidez de abraçar a causa justa. Mais recentemente, aprendemos a sustentar sérias dúvidas – a partir da crítica formulada por militantes do movimento negro – sobre o real alcance da Lei Áurea.
Quem ler com isenção o monumental estudo de Florestan Fernandes sobre “A Integração do Negro na Sociedade de Classes”, não terá dificuldades em concluir que, no século 20, a sociedade brasileira e o Estado não foram capazes de introduzir políticas públicas ou práticas sociais que, de fato, eliminassem as odiosas barreiras de preconceito, exclusão, exploração econômica e violência física que, desde a chegada do primeiro navio negreiro, sempre envolveram esse gigantesco contingente de brasileiros afro-descendentes.
Evitamos o uso da palavra racismo para não cortar preliminarmente o diálogo com os 113 signatários de um manifesto anti-cotas apresentado recentemente ao Supremo Tribunal Federal. Entre eles, há pessoas dignas de todo o respeito, como Ruth Cardoso e Wanderley Guilherme dos Santos, para pinçar apenas dois nomes nacionalmente reconhecidos por sua dignidade intelectual e política. Outro manifesto com 400 assinaturas foi igualmente entregue ao STF com os argumentos opostos, sustentando, no fundo, que equidade, como justiça do caso concreto, consiste em tratar desigualmente os desiguais, para produzir igualdade.
Mas, entre uns e outros, cabe construir consenso em torno da idéia de que a democracia não estará consolidada em nosso país enquanto as estatísticas, teimosamente, seguirem sendo as que temos hoje. Recente estudo do IPEA revela que os brasileiros afro-descendentes auferem rendimento equivalente apenas à metade do recebido pelos outros segmentos (53%) e uma pesquisa do Instituto Ethos mostra que apenas 3,5% dos cargos de chefia são ocupados por negros nas 500 maiores empresas do país.
Num contexto assim, quaisquer que sejam as diferenças intelectuais entre os que se declaram anti-racistas, existe a necessidade de somar forças, unir diferentes, agregar propostas e idéias em torno do objetivo comum, humanitário e civilizatório, de completar o processo ainda inconcluso da Abolição.
Já é possível computar avanços e conquistas palpáveis. A valorização do 20 de novembro, dia de Zumbi, como principal marco cronológico da luta, a decisão da Câmara dos Deputados, dia 13 de maio, de finalmente anistiar o navegante negro João Cândido, evocado na música de João Bosco e Aldir Blanc, pela voz de Elis, os debates em torno do Estatuto da Igualdade Racial, experiências emocionantes como a Unipalmares/Educafro, as controvérsias em torno das políticas de ação afirmativa e de reparação simbólica, o próprio debate sobre aperfeiçoar (e até delimitar no tempo) o sistema de cotas, eis alguns eixos em torno do qual o tema da igualdade racial não deveria permitir hesitações.
Ou completamos o processo histórico inacabado, ou seguiremos reconhecendo que, também no tópico “cor da pele” segue persistindo no Brasil uma crônica violação dos princípios formalizados pelas Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, 60 anos depois da Lei Áurea, 60 anos antes deste 2008 de tantos aniversários.

Paulo Vannuchi é ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República

Até agora 3078 cartas.
Como participar? Clique aqui!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Capoeira se torna patrimônio cultural brasileiro, no dia 15 de julho, em Salvador/BA, pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan.

Federação Fluminense de Capoeira
Capoeira se torna patrimônio cultural brasileiro

Fonte: http://portal.iphan.gov.br/portal/montarPaginaInicial.do;jsessionid=6A910A94722783E9D957FACF60E8174D
Depois de dar a volta ao mundo e alcançar reconhecimento internacional, a capoeira se tornou o mais novo patrimônio cultural brasileiro. O registro desta manifestação foi votado no dia 15 de julho, em Salvador, pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que é constituído por 22 representantes de entidades e da sociedade civil, e delibera a respeito dos registros e tombamentos do patrimônio nacional.

O instrumento legal que assegura a preservação do patrimônio cultural imaterial do Brasil é o registro, instituído pelo Iphan. Uma vez registrado o bem, é possível elaborar projetos e políticas públicas que envolvam ações necessárias à preservação e continuidade da manifestação.

Estiveram presentes ao evento o ministro interino da Cultura, Juca Ferreira, o governador da Bahia, Jacques Wagner, o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, o presidente da Fundação Palmares, Zulu Araújo, os embaixadores da Nigéria e do Senegal, além de autoridades locais.

O presidente do Iphan anunciou a inclusão do ofício dos mestres da capoeira no Livro dos Saberes, e da roda de capoeira no Livro das Formas de Expressão. A divulgação e implementação dessa atividade em mais de 150 países se deve aos mestres, que tiveram sua habilidade de ensino reconhecida.

Segundo o ministro interino Juca Ferreira, a votação foi um momento de reparação em relação a esta prática afro-descendente. “Nós estávamos devendo isso aos mestres de capoeira, responsáveis por uma das manifestações mais plurais e brilhantes de nossa cultura”, afirma.

Diversos grupos de capoeiristas e reconhecidos mestres vieram de várias regiões do Brasil para acompanhar a votação. Num encontro representativo da presença da capoeira no país e no mundo, eles realizaram uma grande roda em frente ao Palácio Rio Branco, simbolizando o triunfo da manifestação, que já foi considerada prática criminosa no século passado (chegou a ser incluída no código penal da República Velha), e agora é reconhecida como patrimônio cultural.

Um grande evento em homenagem à capoeira foi realizado no Teatro Castro Alves, onde artistas como Naná Vasconcelos - percussionista que ampliou as possibilidades sonoras do berimbau-, Roberto Mendes, Mariene de Castro, Wilson Café e Ramiro Mussoto exaltaram a importância da manifestação.

O pedido de registro da capoeira foi uma iniciativa do Iphan e do Ministério da Cultura, e é o resultado de uma ampla pesquisa realizada entre 2006 e 2007 para a produção de conhecimento e documentação sobre esse bem imaterial. Todo o levantamento foi sintetizado num dossiê final que compõe o processo de registro.

O inventário da capoeira foi produzido por uma equipe multidisciplinar de profissionais, em parceria com as Universidades Federais do Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e a Federal Fluminense, sob a supervisão do Iphan. As pesquisas foram realizadas no Rio de Janeiro, Salvador e Recife, principais cidades portuárias apontadas como prováveis origens desta manifestação, e locais onde havia documentação a respeito.

Preservação do patrimônio

O plano de preservação é uma conseqüência do registro, e prevê as seguintes medidas de suporte à comunidade capoeirística: um plano de previdência especial para os velhos mestres; o estabelecimento de um programa de incentivo desta manifestação no mundo; a criação de um Centro Nacional de Referência da Capoeira; e o plano de manejo da biriba - madeira utilizada na fabricação do instrumento - e outros recursos naturais, dentre outras. Entende-se por patrimônio cultural imaterial representações da cultura brasileira como: as práticas, as forma de ver e pensar o mundo, as cerimônias (festejos e rituais religiosos), as danças, as músicas, as lendas e contos, a história, as brincadeiras e modos de fazer (comidas, artesanato, etc.), junto com os instrumentos, objetos e lugares que lhes são associados – cuja tradição é transmitida de geração em geração pelas comunidades brasileiras. Com a inclusão da capoeira, já existem 14 bens culturais registrados no Brasil.

Mais informações:
Assessoria de Comunicação Iphan / Monumenta
Fones: (61) 3326 8014 / (61) 9972 0050
carine.almeida@iphan.gov.br
ascom@iphan.gov.br
http://www.iphan.gov.br/

Fonte: Ascom

Capoeira no SESC Niteroi/RJ, Brasil, aos sábados, de 10 às 12h.

Mestre Zezeu, Elizeu dos Santos Felipe, está a ministrar aulas de Capoeira no SESC Niterói/RJ, na Rua Padre Anchieta, 56 - Centro - Niterói/RJ, Brasil. Aberto à comunidade.

Contato:
Tel.: 55 (21) 86122324
E-Mail: mestrezezeu@yahoo.com.br

Batizado e troca de corda no IZC



Aconteceu em Niterói/RJ, Brasil, no SESC-Niterói - Rua Padre Anchieta, 56 - Centro - Niterói/RJ, Brasil. Houve um Aulão de Capoeira com o mestre Zezeu (Elizeu dos Santos Felipe), Batizado dos alunos iniciantes e Troca de Cordas aos mais experientes, nas respectivas graduações de merecimento. Fato marcante foi a graduação de mestre concedida, naquele evento, ao Capoeirista Carlos Alexandre Leine, agora mestre Carlinhos, de Paris/França, pelo mestre Aranha (Crespiniano Bonifácio de Andrade).